Sinos da Matriz continuam soando a história do Rio Grande do Sul

A Paróquia Nossa Senhora da Assunção (Matriz) têm dois sinos mais antigos que o Estado do Rio Grande do Sul, segundo a pesquisa do professor Édison Hüttner, doutor em Teologia e coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Arte Sacra Jesuítico-Guarani, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

O pesquisador, juntamente com o padre Rudinei Lasch promoveram sexta-feira (31) a abertura da Exposição Sinos da Igreja, apresentando à comunidade a história dos sinos, considerados ainda mais antigo que o maior sino existente, das ruínas de São Miguel Arcanjo, em São Miguel: a data de fundição dos sinos caçapavanos são de 1715 (em San Carlos- Argentina) e 1732 (Redução de la Santísima Trinidad do Paraná, no Paraguai), sendo considerados Patrimônio Histórico da Humanidade. O prefeito Giovani Amestoy e o secretário adjunto de Cultura e Turismo, João Timótheo, marcaram presença no evento.

Segundo o pesquisador, os sinos chegaram pertenciam a missões de padres jesuítas na Argentina e no Paraguai e chegaram em Caçapava do Sul em 1828 pelo padre Fidêncio Ortiz. Há ainda na torre da Igreja Matriz um terceiro sino, brasileiro, fabricado no século XX.

Na pesquisa, foram confirmadas ainda que os sinos são de puro bronze (que comprovam sua datação) e pesam 450 kg.

O Pe. Rudinei lembrou que, quando os Revolucionários Farroupilhas vieram até Caçapava, com as tropas de Bento Gonçalves, eles foram acolhidos na igreja, onde o sino era tocado para situar os guerreiros no tempo. E, nos dias de hoje, os mesmo sinos, séculos depois, continuam tilintando a todos os caçapavanos, para que a história deste município se perpetue no tempo.

A exposição ocorre na Igreja Matriz, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h e de sábado, das 9h às 12h.

Data de publicação: 03/04/2017