Caçapava na língua Tupi-Guarani significa “Clareira na Mata”, “Fim da Estrada na Mata” e “Fim da Travessia no Monte”. Calcula-se que em 1777, nasceu a “Paragem de Caçapava”, oriunda de um acampamento militar localizado no ponto mais estratégico da região, no antigo aldeamento dos charruas, numa clareira cravada na mata virgem.

Com ocupação da Clareira dos Charruas, teve início a história conhecida de Caçapava, a qual foi elevada à categoria de Vila em 25 de outubro de 1831 e à categoria de Cidade em 09 de dezembro de 1885, através da publicação da lei nº 1535.

Por ocupar localização estratégica nos pampas, Caçapava do Sul, viveu grandes epopéias. Escaramuças, guerras e sangrentas revoluções eclodiram em sua geografia, sempre em defesa da terra brasileira as quais são narradas por todos os historiadores. Tão importante foi à participação de Caçapava durante a Revolução Farroupilha principalmente por se tornar a 2ª Capital Farroupilha Rio-grandense, no período de 09 de janeiro de 1839 a 30 de maio de 1840. Em meados do século XIX a vila de Caçapava abrigou um arsenal e uma guarnição do Exército Imperial.

Em Caçapava do Sul são quatro os bens tombados, três deles pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Estadual (IPHAE) em razão de sua referência histórica com a Revolução Farroupilha: a Casa Ulhôa Cintra (ou Casa de Reunião dos Farrapos), a Igreja Matriz Nossa Senhora da Assunção e o Fórum de Caçapava, este último tornou-se Centro Municipal de Cultura Arnaldo Luiz Cassol que abriga o Museu Lanceiros do Sul e a Biblioteca Municipal Domingos José de Almeida.

O Forte Dom Pedro II em 1938 tornou-se um bem tombado pelo IPHAN – Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, considerada a única fortificação remanescente no estado do Rio Grande do Sul, embora suas muralhas de dimensões monumentais jamais tenham sido terminadas e nem guarnecidas. É um dos pontos turísticos mais visitados do município pela sua localização.

Em 14 de dezembro de 2011, o prefeito municipal Zauri Tiarsaju Ferreira de Castro assinou em Jaguarão (RS), o Acordo de Preservação das 13 cidades históricas do estado, protocolos entre o Ministério da Cultura, através do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e as Prefeituras que integram o PAC das Cidades Históricas. Caçapava do Sul com outras doze prefeituras faz parte da Associação das Cidades Históricas do Estado (ACHRS), instituída em março de 2011. A assinatura deste convênio é um marco histórico para a preservação do patrimônio cultural e a memória da cidade.

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