ESCUDO CLÁSSICO: em campo bipartido em faixa. O campo superior de ouro, centralizado por BARRETE FRÍGIO, de gole, frisado por linha horizontal, na sua base, também de gole; e, o campo inferior; terminando em ponta, de gaio.

COROA MURAL: de cobre, de “5” castelos fortes.

UM LISTEL: de ouro, ornado em paralelo de gaio e gole, sobre o qual se grava, em letra gótica, o dístico – “25 – X - Caçapava do Sul, 1831”.

Justificativa Histórica e Heráldica 1 – O brasão de armas de Caçapava do Sul utilizou o escudo clássico, usado na Heráldica de Domínio Brasileiro, para lembrar a raça formadora do Brasil, contribuindo, na sua formação, o português como elemento étnico primordial.

2 – As cores escolhidas para revestir a superfície do escudo: OURO (amarelo) e GAIO (verde).
O campo superior é de ouro (amarelo), metal que significa, entre outras virtudes, poder, nobreza, força, riqueza; lembrando, assim, que a nobreza dos ideais caçapavanos deu-lhes força para a conquista de um lugar de destaque, no concerto das circunscrições administrativas independentes.
O campo inferior, de gaio (verde), simboliza as virtudes da esperança e fé, vitória e honra, sentimentos nobres que levaram o seu povo, a envidar todos os esforços para a formação de uma comunidade populacional que se transformou, pelo trabalho perseverante e assíduo, em Caçapava hoje, com slogan, “Caçapava não se entrega”.
Lembra, ainda, os campos verdejantes onde se formou a cidade.
O AMARELO e o VERDE conservam e perpetuam as cores nacionais.

3 – A figura dominante: O BARRETE FRÍGIO, de gole, assente sobre o áureo metal, sintetiza o emblema dos Governos de forma republicana, como insígnia da LIBERDADE. Foi adotado pelos republicanos da culta França, em sua primeira República. Significa, também, que o VERMELHO, em simbologia, retrata DISCÓRDIA e REVOLUÇÃO; PAIXÃO de AMOR INDOMÁVEL na conquista de um ideal; lembrando, assim, os elevados propósitos propugnados pela República Riograndense, da qual Caçapava do Sul foi sede.
O brasão de Caçapava do Sul alude, portanto, ao mais expressivo movimento cívico de seu povo: a participação na “Revolução Farroupilha”, instigada pela discórdia; sim, discórdia advinda do tratamento não condizente manifestado pelo poder central, com relação ao másculo e glorioso Estado do Rio Grande do Sul; mas discórdia legal, pacífica; revolução, mas revolução legítima, democrática, dentro do respeito à lei, que colocou sobre o altar da consciência e do dever para com a nascente República Riograndense, o lema – LIBERDADE, IGUALDADE e HUMANIDADE; relembrando, também, paralelamente, a propaganda republicana de então, com extraordinária retumbância, em todo País.

4 – A coroa mural, de cobre, é símbolo da independência, da autonomia comunal; e seus “5” castelos fortes, em forma de torre, lembram cidade fortificada, fortaleza, o Forte Dom Pedro II, que aparece no escudo mais como adorno que propriamente símbolo.

5 – O listel, que é de ouro, emoldurado, em paralelo, pelas cores gaio (verde) e gole (vermelho), contém, como denominação da cidade letra gótica, a inscrição – “25 – X – Caçapava do Sul, 1831”; data esta que lembra a emancipação política do município de Caçapava do Sul – o traço de união entre o município e a Revolução Farroupilha.
As cores do listel – gaio, ouro e gole – conservam a sua íntima ligação com a Bandeira do Rio Grande do Sul.
O “escudo de armas” acima descrito foi transposto, pelo Decreto Executivo nº 17/72 – A, de 31 de maio de 1972, para o Estandarte, como Bandeira oficial do Município.

Temos, assim, a descrição do “escudo de armas” de Caçapava do Sul.

Prof. RODOLFO STROHSCHEIN